terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Platanus, plátano


Há uma exposição de trabalhos artísticos no saguão de entrada da unidade de lazer da Afpesp de Campos de Jordão-SP (Associação dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo). 

A artista escreveu corretamente o nome da árvore que tem aquelas folhas, que está na bandeira do Canadá, cuja árvore é muito comum naquela cidade paulista: plátano, em português. No painel, a palavra foi escrita em latim, ou seja, não possui acento algum.

Plátano: português, com acento.
Platanus: latim, sem acento.

Colocação pronominal - faltaram hífen e acento

Tal aviso estava escrito no tapume de obras de ampliação do posto de combustível e restaurante de beira de estrada no município de Prata MG, o Pratão.

Ótimo atendimento, amplas instalações, bons preços, mas a ortografia de a língua portuguesa  foi sacrificado.

Bênção, com ou sem circunflexo?

O til não recai obrigatoriamente sobre a sílaba tônica (pronúncia forte) de uma palavra. Isso significa que uma palavra pode ter dois acentos, o til  que indica a nasalização da palavra e um outro marcando a tonicidade. 

BÊNÇÃO é uma dessas palavras. Bên- sílaba forte; -ÇÃO - o til marca a nasalização, portanto, a arte gráfica exposta acima tem um erro, está com a falta do acento circunflexo. Todas as palavras, diz a regra, paroxítonas terminadas em ÃO possuem acento gráfico na penúltima sílaba. 

Escrita certa: bênção. Até o banco ortográfico do Word reconhece isso.  

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Concordância nominal


Concordância entre nomes, principalmente entre substantivo e adjetivo: moças morenas, moços morenos, moça morena, moço moreno.

Na imagem, houve um erro de concordância nominal. O certo é “doces árabes”, sem necessidade de usar letras maiúsculas.



terça-feira, 4 de outubro de 2016

Festa julina ou julhina?


Hélio Consolaro*

Virou moda em nosso meio as festas juninas avançarem o calendário, invadindo o mês de julho. Uma entidade, em Araçatuba, fez isso, chamando-a de “festa julhina”. Os dicionários não registram tal adjetivo.

Na internet, há professores dando suas opiniões totalmente diferentes. Vejamos algumas:

OPINIÃO 1: se são juninas as festas de junho, não são caracterizadas como junhinhas, por que julhina. Se o H desaparece em JUNINA, o mesmo ocorre em JULINA. Essa é a opinião mais lógica.
OPINIÃO 2: essa opinião apresenta razões etimológicas. O mês de junho tem origem no latim: junius; e o mês de julho em Julius. Facilmente se depreende o motivo da eliminação do H em junina e julina. Explicação mais “científica”. 
OPINIÃO 3: se as festas em julho continuam homenageando os santos Antônio, João e Pedro, elas continuam sendo juninas, não devem ser chamadas julinas. O problema dessa opinião é que JUNINA não tem nada a ver com os santos, mas com o mês. Explicação incoerente.

OPINIÃO 4:  festas julianas (em julho). Há razão etimológica, mas por paralelismo as de junho deviam se chamar junianas. Explicação sem lógica.


O uso de “julhina” não encontra consistência alguma, portanto, errôneo.

*Hélio Consolaro é professor de Português, jornalista e escritor. Membro da Academia Araçatubense de Letras

Maior ou melhor?


Hélio Consolaro*

Os graus comparativo de superioridade e/ou superlativo relativo dos adjetivos “bom” e “grande” têm uma maneira especial de ser feito. Grande: maior, o maior; bom: melhor, o melhor.


No uso diário de nossa língua, há confusão no emprego de melhor e maior. Um exemplo mais evidente está nesta expressão: “...maiores informações, pelo telefone...”  Não existe informação grande, há informação boa. O correto é “...mais informações, pelo telefone...” ou “...melhores informações, pelo telefone...”

Assim o erro se repete na placa exposta na praça defronte à Secretaria Municipal de Cultura, centro de Araçatuba: “...para seu maior conforto...”  Conforto não tem tamanho, apresenta intensidade, então a forma correta seria “...para seu melhor conforto.”

*Hélio Consolaro é professor de Português, jornalista e escritor. Membro da Academia Araçatubense de Letras.